terça-feira, 31 de julho de 2012

O tempo e o espaço para o diálogo entre os corações, mesmo que sem palavras, são essenciais para vivenciar a realidade.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

O Simples e o Tempo

O Simples disse pro Tempo: haverá um dia que serei mais simples do que hoje?

E o Tempo respondeu pro Simples: sim, quando sentir na essência do seu ser que ser por inteiro no presente é o mais simples que se pode ser.

(Carolina Mattos, 26 de janeiro de 2012)

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Viagem no tempo

Cenas filmadas a partir de um "cable car" na Market Street, em San Francisco, Califórnia em 1906.

http://www.youtube.com/watch_popup?v=NINOxRxze9k

quarta-feira, 9 de março de 2011

Autoestima

Subestima-me?
Autoestima-se
Tens estima?
Cheia tina
Tens excesso?
Não combina
E o que fazes?
Olha e lima

(Carolina Mattos, 09 de março de 2011)

terça-feira, 8 de março de 2011

A revelação do amor

O amor se revela,
Luz com raizes, vê-se no olhar
Broto no peito, brisa dos sonhos
Éter e ar
Pureza divina, fluindo florar
Percorre minhas veias, colore meus dias
Viva a guiar

(Carolina Mattos, 08 de março de 2011)

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Vestidos de noiva

http://blog.mulhersingular.com.br/tag/vestido-de-noiva-curto/

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

amar é

amar é...compreender
compreender é...se colocar no lugar
se colocar no lugar é...um exercício pra paz
um exercício pra paz é...um bom jeito de usar o tempo.

domingo, 11 de abril de 2010

De Cecília Meireles

Não digas onde acaba o dia.
Onde começa a noite.
Não fales palavras vãs.
As palavras do mundo.
Não digas onde começa a Terra,
Onde termina o céu
Não digas até onde és tu.
Não digas desde onde és Deus.
Não fales palavras vãs.
Desfaze-te da vaidade triste de falar.
Pensa,completamente silencioso,
Até a glória de ficar silencioso,
Sem pensar.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Montanha de mim

Caminhando na planície eu mirava a paisagem
Pela trilha tinham cores, alheios morros e caminhos sem passagem
Olhar focado pra fora, muitas vezes sem destino, eu segui minha viagem
E num dia eu notei: que menina sem coragem!
Que só vive na planície, perde tempo com miragem
Foi então que decidi acabar com essa bobagem
Não fugir do precipício, mergulhar e com vontade
Encontrar bem lá no fundo o motivo da vaidade
Encarar a escuridão e vencê-la com a bondade
E voltar à superfície, na cabeça só a cura, da penumbra nem saudade
Sair do plano engano, avistar bela montanha, ter mais leve a bagagem
Montanha de mim, grande montanha da vida, minha vida, de verdade

(Carolina Mattos, 18 de janeiro de 2010)

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Profano

Se não percebo o sagrado
Posso estar a profaná-lo
O sagrado é o amor
Vivo sempre a procurá-lo

Se não o encontro em meu peito
Sigo, cego, antepassados
E se brilha me guiando
Devo sempre acompanhá-lo

(Carolina Mattos, 15 de janeiro de 2010)

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Dona da História

Dá-me a mão, Dona da História
Enquanto brinco de viver, corro para ser e me perco por não ver,
Me deparo com Você, domínio, soberana, misteriosa senhora
Paro e observo o que não tem tanta razão mas parecia ter,
E então me resta o riso, dessa minha nebulosa visão transitória, dessa minha busca por ter dentro de mim sua infinita lógica, sua atemporal obra
Dona Gloriosa, sabedora da tarde antes mesmo da aurora!
Me resta entender o que parecia destino mas era labirinto, o que era pra ser e que não foi, que se acabou por não ser sua hora
Tudo que eu disse e sonhei mas que não se registrou em suas perfeitas trovas
Confirmo, sem duvidar, que tuas poucas letras destinadas à minha existência são eternamente melhores que tudo que hoje há em minha breve memória

(Carolina Mattos, 11 de janeiro de 2010)

domingo, 3 de janeiro de 2010

Oculista da alma

Agora, me diga você
É possível enxergar além do que se vê?
Premunição, adivinhação, clarivi, ilumi, perfei, são?
Procuro um oculista da alma
Alguém que me dê uma lente de aumento do coração
Lupa dos sentimentos
Pra tomar sábia decisão
Se quiser me dar colírio pra desembaçar a visão
Lamparina pra melhorar minha sombridão
Telescópio pra avistar a correta direção
Eu aceito, aceito tudo com gratidão
Pode ser cachorrinho guia, bengalinha, ou uma mão
Pode ser palavra amiga, sorriso claro, silêncio certo, orientação
Pode ser qualquer bondosa demonstração
Vale também alerta, conselho e até presta atenção
Qualquer coisa que me faça focar
A verdade em mim e em meu irmão

(Carolina Mattos, 03 de janeiro de 2010)

Mensagem de dia das mães

Desejo que nesse dia das mães, e em todos os dias, estejamos ligadas à força amorosa e bondosa que governa o Universo, do colo e do zelo, que nos nutre, nosso corpo e nosso espírito, nossa vida, senhora da vida, Nossa Senhora.

Que Deus continue provendo seu coração de luz. E que seus filhos, frutos de suas raízes na Terra, tragam ao mundo o reflexo do que há de melhor em você, seu amor de mãe.

(Carolina Mattos, maio de 2009)

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Inimigo, adeus!

Nessa bela manhã segui minha intuição e me vi frente a um velho inimigo
Inimigo de outros tempos que um dia já me escravizou, me fez rastejar,
Me fez ver a vida sem a enxergar, inimigo que, lenta e impiedosamente, quis me matar,
Ciúmes, seu nome, força do mal, tenta voltar a assombrar

Numa bela manhã segui minha intuição e me vi frente a Deus
Pai que me devolveu a vida, me deu a mão, acolheu e socorreu
Me ensinou a lutar, a voar, me defendeu, tirou do precipício, me mostrou quem sou Eu
Vivendo o agora, dou um passo pra trás, por aquele caminho já decidi, não vou mais

(Carolina Mattos, 15 de dezembro de 2009)

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Canto de Silêncio

Canta alto peito forte
canta forte canta livre,
canta o passado, cantaroleia a agonia
canta toda sua mudez, sua nudez, e canta com alegria

Canta, pulsa, mudo, teu vivo momento
de descoberta, resguardo, luta, crescimento
canta a graça, a guarda e mais um abençoado canto, bravo peito
em oratório, canta a tudo, ao todo, canta um perfeito, alto, canto de silêncio

(Carolina Mattos, 29 de dezembro de 2009)

Jardim de um

Criei um lindo jardim em meu coração
Jardim de cores, filhos, doces amores
Risos, canções e sabores, aves, folhas, tão singelos montes
Orações, mãos dadas, suor e flores, canteiros de flores

Criei um lindo jardim em meu coração
Jardim com cristais, dança, brancas nuvens e nascente
Chuvas, brisas, estrelas, canções, aurora, poente
Tua palavra gentil e meu ouvido contente

Criei um lindo jardim em meu coração
Te fiz príncipe, te dei o jardim, terra fértil e semente
Dei alimento, respeito, meu colo, meu seio,
Dos meus sonhos te dei o mais alto, te dei minha Corte, te dei meu ventre

Criei um lindo jardim em meu coração
Deveria ter te feito apenas amado jardineiro
Pra que fosse adubo e broto, e que cada flor tivesse teu zelo
Não seria só agora, pois seria ele real, cada botão por tua mão com carinho feito

Criei sozinha um lindo jardim em meu coração
Rego as flores, semeio a terra
Atenta aos espinhos, me despeço de você
Príncipe que veio à passeio, dá me um abraço, amigo que mora em meu peito.

(Carolina Mattos, 07 de dezembro de 2009)

Nuvem cinza

Ela está ali, me rodeia
Deseja atenção
Encosta em minha encosta
Tenta entre minhas pernas, sutil vibração
Ali circula, aproxima, recua
Sabe que procuro a força, espera a distração
Vou lutando, conseguindo, miro em outra direção

Ela está aqui, dentro de mim
Dá o bote, persegue o amor, não sobrevive à união
Por que não me deixa? Quer me ver de joelhos? Minhas lágrimas são tua precipitação?
Nuvem poderosa, serpente invisível
Impiedosa tentação
Aqui, eu sei, de mim faz parte ainda
Vou lutando comigo, consigo, abrindo caminho, sigo em outra comunhão

(Carolina Mattos, 04 de dezembro de 2009)

Trabalha formiga!

Trabalha formiga!
Trabalha teu ninho, teu alimento
Dedica teu corpo a teu sagrado sustento
Trabalha, ouve, vê o que precisa, faça o movimento
Labora, ser vivo, segue o deus vento

Mostra à tua Rainha que a leva em seu peito
Que por ela tem a força pra ser mais que lamento
Que a ela dedica o dom maior, breve universo de cada momento
Dá a ela seus bons passos, palavras, seu tempo
Lembra formiga, é filha de um todo, é grão, é pequeno, mas és da Senhora um amado rebento.

(Carolina Mattos, 23 de novembro de 2009)

Motivo de tudo

Ontem te vi. Mas não te olhei. Queria ver tua alma e por não poder usei meus olhos pra me olhar.
Olhos se fecham, miram o Universo interno paralelo a viajar. Olho que vê o ar. Olhar.

Hoje, meu coração pulsa esperança, dúvida e dor.
Se pulsasse certeza se preencheria. De vazio ou sincero amor.
Vazio de ti. Amor de amor.

Deve existir motivo. Pra tudo há.
Motivo pra esperança. Há. Por que aqui Tú estás.
Motivo pra dúvida. Há. Por que você ainda não está?
Motivo pra dor. Dá-me a mão. Não se vá.
Motivo pra certeza. Certeza, quem é você, onde fica esse lugar?
Motivo pro vazio. Sim, há. Pai, sou pequena, fica comigo e continua a me guiar.
Motivo de sincero amor. Desejo maior. Vos digo: sim, um dia aqui haverá.

(Carolina Mattos, 22 de novembro de 2009)

Desejo

Para abrir mão de um desejo não é preciso deixar de desejá-lo.
É preciso não querer lutar por ele.
Para não desejá-lo, é preciso consciência de que não é necessário para a paz.

(Carolina Mattos, 09 de novembro de 2009)

Algum valor

Certo dia meu Pai falô
Que eu tenho algum valô
Me deu a vida pra eu vê
Deu também um pulsadô

Tem hora que avisô que é pra minha porta fechá
Tem hora também que é pros benvindo adentrá
Disse que se eu não entendê que é pra ele perguntá
Que pulsando no meu peito ele vai me orientá

(Carolina Mattos, 09 de novembro de 2009)

domingo, 27 de dezembro de 2009

Do amor



(Foto: Marco Antonio Storani)













Quando o amor vos chamar, segui-o,
Embora os seus caminhos sejam agrestes e escarpados;
E quando ele vos envolver com suas asas, cedei-lhe,
Embora a espada oculta na sua plumagem possa ferir-vos;
E quando ele vos falar, acreditai nele,
Embora sua voz possa despedaçar vossos sonhos como o vento devasta o jardim.
Pois, da mesma forma que o amor vos coroa, assim ele vos crucifica. E da mesma forma que contribui para vosso crescimento, trabalha para vossa poda.
E da mesma forma que alcança vossa altura e acaricia vossos ramos mais tenros que se embalam ao sol,
Assim também desce até vossas raízes e as sacode no seu apego à terra.
Como feixes de trigo, ele vos aperta junto ao seu coração.
Ele vos debulha para expor vossa nudez.
Ele vos peneira para libertar-vos das palhas.
Ele vos mói até a extrema brancura.
Ele vos amassa até que vos torneis maleáveis.
Então, ele vos leva ao fogo sagrado e vos transforma no pão místico do banquete divino.
Todas essas coisas, o amor operará em vós para que conheçais os segredos de vossos corações e, com esse conhecimento, vos convertais no pão místico do banquete divino.
Todavia, se no vosso temor, procurardes somente a paz do amor e o gozo do amor,
Então seria melhor para vós que cobrísseis vossa nudez e abandonásseis a eira do amor,
Para entrar num mundo sem estações, onde rireis, mas não todos os vossos risos, e chorareis, mas não todas as vossas lágrimas.
O amor nada dá senão de si próprio e nada recebe senão de si próprio.
O amor não possui, nem se deixa possuir.
Pois o amor basta-se a si mesmo.
Quando um de vós, ama, que não diga:
"Deus está no meu coração", mas que diga antes:
"Eu estou no coração de Deus".
E não imagineis que possais dirigir o curso do amor pois o amor, se vos achar dignos, determinará ele próprio o vosso curso.
O amor não tem outro desejo senão o de atingir a sua plenitude.
Se, contudo, amardes e precisardes ter desejos, sejam estes os vossos desejos:
De vos diluirdes no amor e serdes como um riacho que canta sua melodia para a noite;
De conhecerdes a dor de sentir ternura demasiada;
De ficardes feridos por vossa própria compreensão do amor
E de sangrardes de boa vontade e com alegria;
De acordades na aurora com o coração alado e agradecerdes por um novo dia de amor;
De descansardes ao meio dia e meditardes sobre o êxtase do amor;
De voltardes para a casa à noite com gratidão;
E de adormecerdes com uma prece no coração para o bem-amado,
e nos lábios uma canção de bem-aventurança.

(O Profeta - Gibran Khalil Gibran)

domingo, 13 de dezembro de 2009

Peito de menino

Menino, mostra teu peito!
Mostra que o braço que rema teu barco é tua força interior
Diz que é nobre guerreiro não apenas lutador
Dá ao mundo o que tem, o que tem de mais valor
Dá teu sentimento manso, seja sempre bom amigo, aprenda também com o amor
Dá teu sorriso, menino
Dá teu porte condutor,
Olhe a vida com carinho, seja um gentil orador
Agradeça todo dia por ser tão amado
Lembra que teus olhos refletem a mais firme cor
Coragem, querido menino
Ocupe seu lugar, de fraterno filho, homem, pecador

(Carolina Mattos, novembro de 2009)

Tempo brando


Mulher menina
A Terra gira
O pó circula
Tua mente cria
A paz te cura

E se no frio
O silêncio atinge, te dá paura
Lembra que há tempo brando
Confia que da ferida
Se faz também doçura

(Carolina Mattos, novembro de 2009)

Respirando e transformando do ar ao ar, canal das notas, portal do som, instrumento de Deus

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Liberdade

Sempre gostei do poema de Vinícius, Para Viver um Grande Amor. Certo dia tentei explicar o verso que diz que "para viver um amor, na realidade, há que compenetrar-se da verdade de que não existe amor sem fidelidade pois quem trai seu amor por vaidade é um desconhecedor da liberdade, dessa imensa, indizível liberdade que traz um só amor". Não consegui convencer meu interlocutor que não concordou com os versos e nem com minhas palavras. Me senti incompetente. Como não consegui explicar algo tão óbvio de uma maneira clara o suficiente para convencer? Hoje entendo: a liberdade, na realidade, só é compreendida quando é sentida.

Mestra

Pedirei a verdade e sempre só ela
Gravada, escrita, presente em minha tece

Aprenderei a vê-la suave
Desperta, revela, acolhe e também me guarnece

Serei capaz de ouvi-la
Confiando que é terna, sincera, branca voz celeste

Hei de sempre amá-la
Por saber que é fonte, destino e fiel mestre

(Carolina Vaghetti Mattos, novembro de 2009)

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Visita de Constancia

Constancia, Constancia, por ande anda? Vem me visitar.
Tem estado na luz do Sol, no dia e no florar
Nas nuvens, na chuva e no balanço do mar
Tem feito o mundo todo movimento, sempre tudo a girar
Se aproxime amiga, com seus bilhões de histórias pra contar
Volta logo, vem me visitar

Constancia, Constancia, apareça, quero te encontrar.
Foste vista na semente e também em cada brotar
No amor que nasce e multiplica
Na lavoura e no ventar
Pode vir, minha guia, nas asas da andorinha
Vem pousando em meu lar

Constancia, Constancia, não demora,estou mesmo a precisar
Quando vejo longos cabelos, posso sempre me lembrar
E se amo e desejo, tú estás em seu lugar
No romper dos ovos, na mudança de um olhar
Me leva no colo, me mostra o caminho,
Habita meu ar

(Carolina Vaghetti Mattos, 20 de novembro de 2009)

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Gota filha


Onda veio
Me leva, imóvel
Movimento, eleva
E move
Impulso, domina, me une
Silêncio, apenas me acolhe
Sentimento alado, alquimico
Me cura, do pó, um pacífico
Mãe água, minha bela guia
Perfeito mistério, espírito
A espera corrige meu pranto
Liberta, floresce meu riso
Sincera, te quero, apenas sigo
Imóvel, sou a gota filha
Buscando meu Pai, doce rio

(Carolina Mattos, 19 de novembro de 2009)

domingo, 8 de novembro de 2009

Fogueira branca

Fogueira branca

Meu peito dói
Aperto
Há peito

Meu sonho dói
Acorda
Há preso

Um sino chama
Sinal
Atento

Fogueira branca
Aquece
O leito

De pé descalço
Constrói
Meu templo

(Carolina Vaghetti Mattos - 08/11/2009)